Sofro com o que não sei, e mesmo assim não me importo em tentar aprender. São as desordens que acobertam-me, usando as fragilidades impostas pela alma que já não sabe ser minha.
De paradoxos reinvento os meus dias, e mesmo assim reclamo de seus defeitos. São minhas as complicações, e quando delas tento escapar, descubro que são feitas de mim, ou eu sou feita delas. Se juntam como ínfimos grão que aos poucos se formam neste corpo que dispensa o conforto para dar lugar às vastas perturbações que se afloram a cada instante, não só no corpo, mas no existencial de mim.
De uma alma que não sabe o que quer, sou dona. E encontro nela os caminhos tantos, desprovidos de uma certeza. Quais me serão usáveis, desconheço. De procuras já me cansei, agora espero o que me permita descobrir-se, sem me dar ao favor de sair do lugar. Porque, repito, cansei.